sábado, 5 de janeiro de 2019

Populistas e fascistas

Não vejo ninguém em pânico, e no entanto a censura, o totalitarismo, o autoritarismo... andam por aí!
Não nas palavras de um delinquente na TVI nem na quase-visita da Le Pen àquela festa da malta dos jogos vídeo. Não no Orbán, no Bolsonaro ou no Trump, gente nada recomendável, mas eleita pelos respetivos povos, e que continuam a frequentar as melhores casas deste mundo e a merecer afetos dos nossos líderes políticos.
Esse horror, o fim da nossa democracia, nem sequer anda pelas famigeradas e intolerantes "redes sociais".
Ele anda na censura coletiva e institucional que se instalou. Na intervenção permanente de membros do governo e do senhor verborreia a condenar esta ou aquela palavra, a entrevista a Fulano ou o convite a Beltrana. Nos longos e nojentos braços dos Tribunais e do Ministério Público, ou da máquina armada do Fisco, incompetentes, corruptos, mas sempre ameaçadores. Numa boa parte da imprensa que joga o jogo viscoso dos podres poderes, para sobreviver, para enriquecer, para satisfazer vaidades.
Estas propostas, que hoje são mostradas no Público,  para controlar os representantes do povo no Parlamento são mais um sintoma. Em vez de tratarmos de ter gente honesta, queremos ter uns debilóides bem vigiados. E a seguir, vamos colocar-lhe pulseiras eletrónicas, para saber se andam dentro dos limites do seu círculo eleitoral sempre que alegarem "trabalho político"?


2 comentários:

  1. Isto não passa do surrealismo pré-eleiçoeiro. Quem não tem causas, inventa-as. Até o partido unipessoal do nosso Parlamento quer canabis lúdica nas farmácias...
    Depois, nesta super-vigilância cristianíssima está o ADN da nossa saudosa Inquisição
    à mistura com a DGS tranquilisadora para a boa moral dos costumes.

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    1. A Inquisição saltou diretamente das "redes sociais" para os poderes instituídos. Agora também querem censurar a OCDE porque diz que Portugal é percebido como país corrupto. E telefona-se para uma apresentadora histérica porque, enquanto ela grita, os outros têm que estar calados.

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