Sempre brilhante, mesmo quando está a falar de outra coisa, John Le Carré retrata com olho clínico/cínico a relação dominante da sociedade portuguesa contemporânea, a do Homem com o seu Cão.
E apontando para Lantern, que voltara a emergir ao seu lado:(Em "Um Homem Muito Procurado". Dom Quixote, 2008)
– Já conheces o meu pequeno Ian? É claro que sim. O Ian é o meu poodle britânico. Passeio-o em Charlottenburg todas as manhãs, não é verdade, Ian?
– Religiosamente – respondeu Lantern, parando ao seu lado com uma expressão agradecida. – E também apanha a merda que faço – acrescentou, com um piscar de olhos para o novo amigo Günther.
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