terça-feira, 23 de outubro de 2018

Matográfico 3

(Autor: Katre, França)

Desço mais um pouco e volto a atravessar a linha do Metro, junto ao Bloco 1 do Bairro de Carcavelos. Penso em implosão.

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O modelo dos "bairros sociais" públicos ainda vale? Eu acho que não, a menos que seja solução transitória para um acesso mais digno à habitação. Infelizmente, os bairros tendem a perpetuar-se e a ganhar um lugar duradouro na história e no imaginário das cidades.
Quem não tem uma história para contar acerca daquela vez que foi ao Cerco do Porto, ou daquele ateliê artístico-inclusivo na Biquinha, onde tantos e tantos artistas passaram a sua infância? E a aventura que era atravessar o Bairro Verde, a caminho da escola, na Régua (agora chamam-lhe "das Alagoas" e ganha prémios de reabilitação, mas continua a ser terreno de caça para a GNR e a PJ). A Zona J, meus deuses, a Zona J!
Por vezes, a arte urbana, sugerindo coloridas im-ex-plosões, mostra-nos um caminho que, a prazo, seria mais civilizado.



2 comentários:

  1. Matosinhos (junto com Leça) junto à praia faz parte de um tempo de férias que nós, alfaces, passávamos em casa de tios, na Rua Heróis de Àfrica. Esta Matosinhos muito mais urbana só descobri em anos mais recentes com o regresso a Leça e Matosinhos e o "passeio" de eléctrico (para mim nunca será metro) para chegar ao Porto. Reparei em Dezembro passado em muita desta animação paisagistica que tem partilhado!
    Bom dia

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    1. Olá, bom dia.
      Esta é uma cidade ainda à procura do seu caminho, entre os bairros de pescadores, agora laboratórios de modernidade, e os preços galopantes do imobiliário da nova Foz Norte, entre a tradição do mar e a contemporaneidade da arquitetura.
      O que tenho partilhado faz parte do meu dia a dia - as marcas do caminho que percorro diariamente, a pé ou de Metro, de manhã e ao final da tarde.

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